Em 1645, invasores calvinistas holandeses instigaram os índios a atacar os católicos. O primeiro grupo, contando cerca de 70 pessoas, foi trucidado na capela da Vila de Cunhaú-RN, sendo que índios canibais chegaram a devorar as carnes de algumas vítimas.
O segundo grupo, também de cerca de 70 pessoas, foi martirizado em Uruaçu-RN. Sendo conquistado o arraial pelas forças holandesas, um minitro calvinista, que acompanhava as tropas suplicou aos habitantes reunidos que abjurassem a fé católica, mas não obteve êxito. Começou então a tortura: a uns cortaram a língua; a outros, rasgaram as carnes das costas; a outros ainda arrancaram os olhos ou deceparam os braços; após a matança, os cadáveres foram esquartejados.
Atualmente, não obstante o direito de liberdade religiosa e o "fim da era inquisitorial", vemos com muita freqüência nos jornais e telejornais denominações neopentecostais (em especial a autodenominada "Igreja Universal do Reino de Deus") a promover iconoclastia contra imagens católicas e não poucas invasões em terreiros afrobrasileiros (por praticarem feitiçaria); neste último caso, não raro chegam mesmo a agredir físicamente os fiéis dessas religiões, correspondendo a um julgamento arbitrário, incompatível com o nível de tolerância exigido pelo Estado laico brasileiro
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